Fernando Pereira

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

A Desgraça da República na Ponta das Baionetas

José Freire Antunes Livraria Bertrand, 1978 O militarismo é sacro no edifício militar clássico. Mas esse código de títulos e rituais pagãos – o culto do elitismo, a cadeia de comando, o vislumbre de aço, a espada cortante, a hierarquia empertigada – não é mais do que a expressão concentrada da arte militar acumulada pela burguesia, ao longo da sua ditadura classista. Esse exército gigantófono de milhões de homens e cintilante destreza servia às grandes potências, por um lado, para a contenção do proletariado e do campesinato e, por outro lado, para espezinhar e subjugar os povos dos países ocupados. As nações avançadas eram desterros militares para os operários. Mas ao instituir o serviço militar obrigatório, ao familiarizar os deserdados no manejo das armas, porque a isso a obrigavam as necessidades do próprio curso desenvolvimentista, a burguesia amontoou lenha para se queimar. O exército dinástico tornara-se um exército popular. Preço 15€

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