Um "lugar para cada um e cada um no seu lugar" era uma das normas preferidas de António Carneiro Pacheco, ministro da Educação Nacional de Salazar. Esta frase podia ter sido dita pelo próprio Salazar ou por um dos principais mentores do seu regime: indica elitismo, uma vontade de manter compartimentações sociais estanques e revela uma noção determinista segundo a qual cada um nasceria com a missão para desempenhar determinada função. A frase também se aplicava evidentemente às mulheres, às quais o Estado Novo atribuiu um lugar e um papel específicos — diferentes consoante a classe a que pertencia — no seio da família e da sociedade
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